Três startups de pesquisadores vinculados ao INCT Nano Agro foram aprovadas no Catalisa ICT, iniciativa do Sebrae que tem como objetivo transformar pesquisas científicas em soluções de mercado, promovendo o empreendedorismo inovador no ambiente acadêmico.
As startups Agrinano, B.Nano e LumenEra Innovations nasceram de pesquisas que utilizam a nanotecnologia para viabilizar soluções que aumentam a produtividade no campo e a sustentabilidade na agricultura. Atualmente, essas startups operam em parceria com o INCT para o desenvolvimento de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, fortalecendo a interação universidade-empresa.
O programa é voltado a pesquisadores de Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação e oferece apoio em diferentes etapas da jornada empreendedora — desde a maturação tecnológica até a conexão com empresas, investidores e demais atores do ecossistema de inovação. Reconhecido como o maior programa brasileiro de estímulo a deep techs, o Catalisa ICT combina capacitações, mentorias, fomento financeiro, suporte à proteção intelectual e acesso à infraestrutura de inovação, acelerando a inserção de novas tecnologias no mercado.
Atualmente, o Catalisa ICT está iniciando sua segunda edição, com a fase de capacitação. Ao longo dos próximos anos, as startups agora selecionadas participarão de novos editais classificatórios para acessar o apoio oferecido pelo Sebrae.
Vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma das selecionadas?
Conversamos com as lideranças de cada uma delas para entender que tipo de tecnologia estão desenvolvendo e quais são as expectativas para o Catalisa ICT.
Rompendo as barreiras para chegar ao mercado
Com foco no desenvolvimento de defensivos agrícolas nanotecnológicos, a Agrinano busca promover práticas agrícolas de menor impacto ambiental e humano. A startup é fruto de experiências acadêmicas e de mercado na área de P&D de defensivos. O CEO Ferdinando Silva destaca a importância do apoio do programa do Sebrae, especialmente porque startups deep techs (startups baseadas em ciência de ponta) enfrentam altas barreiras para chegar ao mercado.
“Startups deep techs enfrentam altos riscos e exigem investimentos significativos. O apoio do Catalisa ICT é fundamental para transformar conhecimento científico em soluções com alto grau de inovação”, explica Ferdinando Silva.
Ele se mostra animado para o início das capacitações, que devem preparar ainda mais a Agrinano para levar seus produtos ao mercado.
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Bioinsumos altamente tecnológicos
Especializada em formulações baseadas em micro e nanotecnologia para aplicações agrícolas, a B.Nano desenvolve produtos que reduzem o uso de agroquímicos no campo, promovendo uma agricultura mais eficaz e sustentável. A startup já conta com uma planta no Parque Tecnológico de Sorocaba e atua com um portfólio de tecnologias licenciadas da universidade, que estão à disposição de empresas interessadas em realizar projetos de P&D em parceria.
“A aprovação no Catalisa ICT é muito significativa, pois fortalece a ponte entre a pesquisa científica e o mercado. Esse apoio é essencial para que tecnologias que hoje estão nas bancadas possam, de fato, chegar ao mercado”, destaca o CEO da B.Nano, Jhones Oliveira.
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Tecnologias sustentáveis e versáteis
A LumenEra é uma deep tech dedicada ao desenvolvimento de biotecnologias sustentáveis com aplicações em diferentes setores produtivos, como a pecuária. A CEO Estefânia Campos explica que o projeto aprovado no Catalisa ICT está em fase de ideação e é focado no controle de ectoparasitas*. Segundo Estefânia, a expectativa é que a participação no programa do Sebrae apoie o amadurecimento da solução e a estruturação de um plano de ação sólido e viável para a implementação da ideia.
“Ser selecionados, mesmo com o projeto ainda na fase de ideação, foi extremamente motivador. Essa conquista representou uma validação importante do potencial da nossa proposta e nos abriu uma oportunidade concreta para seu amadurecimento”, afirma a CEO Estefânia Campos.
Os planos da empreendedora e da equipe de cofundadores são de ver a startup ganhar relevância não só no Brasil, mas também em outros países, usando tecnologias de alto impacto.
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* Ectoparasitas são parasitas que vivem na parte externa do corpo dos animais, como carrapatos e piolhos, sendo uma das principais causas de prejuízos sanitários na pecuária.
Como inovar na academia?
As três startups mantêm parceria com o INCT Nano Agro para seus projetos de P&D. Todos os fundadores são pesquisadores qualificados e reconhecidos no meio da nanotecnologia e da agricultura, o que mostra que é possível empreender estando dentro da universidade.
Se você é um pesquisador movido pelo propósito de ver o seu conhecimento aplicado e gerando impacto positivo no campo, que tal conhecer mais de perto o trabalho dessas startups? As trajetórias desses cientistas empreendedores podem inspirar você também!
Já as empresas, investidores e instituições interessadas em desenvolver projetos em conjunto com essas startups também são muito bem-vindas pelos empreendedores e podem entrar em contato pelos links disponibilizados ao longo da matéria.
