Solução:
Um método inovador e sustentável que utiliza nanopartículas de quitosana para retardar o amadurecimento de frutas e prolongar sua vida útil.
Qual é a base tecnológica dessa solução?
A tecnologia é baseada no uso de nanopartículas de quitosana, um polímero biodegradável e biocompatível, que encapsulam o doador de óxido nítrico (NO). O NO atua reduzindo a produção de etileno, gás responsável pelo amadurecimento das frutas, funcionando como antioxidante e melhorando a firmeza e aparência dos alimentos, além de aumentar o teor de ácido ascórbico.
Qual é a inovação?
Diferentemente dos métodos tradicionais que dependem de refrigeração ou agentes químicos para retardar o amadurecimento, este método utiliza uma abordagem biotecnológica que não modifica geneticamente os alimentos. As frutas são imersas ou pulverizadas com as nanopartículas e, após o tratamento, já estão prontas para o armazenamento, simplificando o processo de transporte e distribuição sem depender de refrigeração.
A quem essa solução pode interessar?
Esta solução é de interesse para produtores de frutas, distribuidores, supermercados e empresas do setor alimentício que buscam reduzir perdas pós-colheita e aumentar a vida útil dos produtos de forma sustentável. Além disso, é relevante para organizações focadas em minimizar o desperdício de alimentos e melhorar a segurança alimentar.
Qual é o potencial de mercado dessa solução?
No Brasil, cerca de 45 milhões de toneladas de frutas, hortaliças e tubérculos são desperdiçadas todos os anos, conforme dados do Relatório Diagnóstico sobre a Fome e o Desperdício de Alimentos no Brasil. O novo método desenvolvido pelas cientistas brasileiras pode contribuir significativamente para reduzir esse desperdício, prolongando a vida útil das frutas e diminuindo perdas desde o transporte até o consumo final.
Quais os diferenciais da tecnologia?
“A tecnologia apresenta vantagens como simplicidade, baixo custo, sustentabilidade e ausência de toxicidade. Pode ser a solução para o desperdício de alimentos em feiras e em residências brasileiras. É uma alternativa promissora para prolongar a vida útil de frutas, minimizar perdas pós-colheita e garantir qualidade até o consumidor final.” — Equipe de pesquisadoras responsáveis pela tecnologia em entrevista à Superinteressante.
Qual é a sua maturidade tecnológica?
TRL 4 | Pesquisa Aplicada ou Desenvolvimento Experimental (Manual Frascati)
Oportunidade de Negócios:
A tecnologia está patenteada e disponível para parcerias com empresas interessadas em implementar soluções inovadoras para o prolongamento da vida útil de frutas. Interessados devem entrar em contato com o INCT NanoAgro por meio da área de inovação, no link https://inctnanoagro.com.br/seja-nosso-parceiro/.
Pesquisadoras e universidades envolvidas:
A pesquisa foi desenvolvida pelas pesquisadoras do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro), Joana Pieretti (Universidade Federal do ABC – UFABC), Profa. Dra. Amedea Seabra (UFABC) e Julia Veiga (Instituto Agronômico – IAC da Universidade Estadual Paulista), orientada pela Dra. Ilana Bron (IAC) e co-orientada pela Profa. Dra. Neidiquele Silveira (Unesp).
