Nariz Eletrônico para detecção de pragas: pesquisas avançam em laboratório

De acordo com estudos recentes, os insetos são responsáveis pela predação de 5% a 20% das principais culturas de grãos no panorama global. Em lavouras de trigo, arroz e milho, a situação deve se agravar ainda mais devido à crise climática, tendo em vista que a produção perdida para esse tipo de praga aumentará de 10% a 25% a cada grau Celsius somado à temperatura média global.

Atentos a esse cenário, cientistas da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), integrantes do INCT NanoAgro, desenvolveram nanosensores e tecnologias de nariz eletrônico para detecção de substâncias químicas que as pragas utilizam para se comunicar entre si, com destaque para os feromônios de acasalamento. Essa inovação abre caminho para um controle mais sustentável, eficiente e localizado.

O dispositivo portátil é composto por sensores de gás baseados em nanocompósitos de óxidos de grafeno (GO) e polianilina (PANI). Associado a sistemas de inteligência artificial, ele permite o monitoramento de pragas como percevejos e mariposas.

Segundo a professora Juliana Steffens, que coordena a pesquisa ao lado da professora Clarice Steffens, os testes realizados em laboratório já apresentam ótimos resultados. A equipe conta com a participação de estudantes de iniciação científica, da doutoranda Thais Feiden e do pesquisador de pós-doutorado Fabrício Hoff Duppont.

As próximas etapas do estudo envolvem dar continuidade aos experimentos laboratoriais, com a perspectiva futura de levar a tecnologia para validação em campo.

Confira alguns registros direto do laboratório da URI Erechim:

 

 

 

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