NanoCarbono 480: estimula a fotossíntese e acelera o crescimento das plantas

Tecnologia: NanoCarbono 480

Solução:

A tecnologia é uma solução de aplicação foliar que estimula a fotossíntese e acelera o crescimento das plantas, promovendo um aumento significativo da massa vegetal.

 

Qual é a base tecnológica dessa solução?

A tecnologia é baseada no uso de nanomateriais de carbono obtidos a partir de fontes renováveis, mais especificamente resíduos orgânicos gerados como subprodutos de diferentes cadeias produtivas. Entre as matérias-primas já utilizadas estão: dejetos da suinocultura, vinhaça da produção de etanol, resíduos da indústria da gelatina (colágeno de couro bovino), esgoto doméstico tratado e até água residual da lavagem de defensivos agrícolas.

As nanopartículas de carbono do NanoCarbono 480 possuem propriedades ópticas específicas que, ao serem aplicadas nas folhas, atuam como mediadoras da luz: absorvem radiação ultravioleta e a convertem em radiação azul, que é altamente aproveitável pelas plantas durante a fotossíntese.

 

 

Qual é a inovação?

Diferentemente de outras soluções — como estimulantes de crescimento disponibilizados no mercado — que atuam em etapas intermediárias do metabolismo vegetal, esta nanotecnologia atua na base do processo vital das plantas: a fotossíntese. Ao converter luz ultravioleta — que normalmente não é aproveitada pelas plantas — em luz azul, as nanopartículas aumentam a eficiência da fotossíntese e, como consequência, aceleram o crescimento das plantas.

“Essa nanotecnologia estimula a fotossíntese, que é a base da vida das plantas. Ela não atua em fases intermediárias do metabolismo, mas diretamente no início do processo.” — Prof. Ailton Terezo

 

A quem essa solução pode interessar?

Com aplicações possíveis tanto para a produção de grãos quanto para a recuperação de áreas de pastagem degradadas, o NanoCarbono 480 abre novas possibilidades para aumentar a eficiência e a sustentabilidade do agronegócio. A nanotecnologia tem potencial de aplicação tanto na agricultura quanto na pecuária, com foco em nutrição animal baseada na pastagem, principal prática adotada no Brasil.

A solução já foi testada em casa de vegetação para culturas estratégicas, como a soja, o algodão e a braquiária. Nesta última, o ganho de massa seca total representa aumento significativo de folhagem no pasto: áreas que hoje comportam até 2 cabeças de gado por hectare poderiam comportar até 3 animais.

Esses dados tornam a solução especialmente atrativa para:

  • Empresas do setor de nutrição animal e pecuária, interessadas na recuperação e aumento de produtividade das áreas de pastagem;
  • Produtores rurais e cooperativas que buscam alternativas para aumentar a produtividade;
  • Empresas de bioinsumos e bioestimulantes, que podem licenciar ou incorporar a tecnologia a seus portfólios;
  • Investidores e parceiros estratégicos dispostos a apoiar a realização de testes em escala comercial.

 

Qual é o potencial de mercado dessa solução?

O potencial de mercado desta nanotecnologia é significativo, especialmente no contexto da agricultura e pecuária brasileiras. Em 2023, o Brasil produziu aproximadamente 145,3 milhões de toneladas de soja, representando quase metade da produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas do país. A produção de algodão herbáceo alcançou 7,5 milhões de toneladas, com destaque para os estados de Mato Grosso e Bahia, que juntos concentram cerca de 90,2% da área plantada.

Na pecuária, o rebanho bovino brasileiro atingiu um recorde de 238,6 milhões de cabeças em 2023, com um valor de produção de R$122,4 bilhões, representando um aumento de 5,4% em relação ao ano anterior.

Além disso, o Brasil possui cerca de 28 milhões de hectares de pastagens degradadas com alto potencial para conversão em áreas agrícolas, o que poderia aumentar em 35% a área total plantada com grãos no país. A recuperação dessas pastagens é uma alternativa sustentável para expandir a produção agrícola e pecuária sem a necessidade de desmatamento adicional.

 

Quais os diferenciais da tecnologia?

A nanotecnologia se destaca pelo uso de resíduos orgânicos como matéria-prima, promovendo sustentabilidade e economia circular. É uma solução limpa e renovável, de aplicação foliar simples e com resultados comprovados em diferentes culturas. Sua versatilidade e baixo impacto ambiental tornam a tecnologia atrativa para empresas que buscam inovações sustentáveis para o campo.

 

Qual é a sua maturidade tecnológica?

TRL 6 | Testes bem-sucedidos em casa de vegetação para diversas culturas.

A tecnologia já foi testada em casa de vegetação, com resultados promissores em diferentes culturas. Na soja, o ganho de massa seca total foi superior a 40,6% em relação ao grupo controle sem tratamento. Na braquiária, o aumento na massa da parte aérea foi de 56%, o que pode significar um salto de produtividade animal: áreas que hoje comportam 2 cabeças de gado por hectare poderiam comportar até 3. No algodão, o crescimento da massa vegetal ultrapassou 176%, indicando forte potencial em culturas de alto valor comercial.

Agora, os pesquisadores buscam avançar para testes em maior escala, em campo aberto, com o objetivo de quantificar os ganhos de produtividade final. Também está em andamento uma nova frente de aplicação com hortaliças, como alface e rúcula, que deve ser concluída ainda em 2025.

 

Pesquisadores e Universidades Envolvidos:

A tecnologia foi desenvolvida pelos pesquisadores do INCT NanoAgro, Ailton Terezo, Adriano Buzutti e Marilza Castilho e pela Dra. Adriana Cardoso, todos ligados à UFMT. O Laboratório de Ecofisiologia da UEL realizou os testes em casa de vegetação.

 

Oportunidade de Negócios:

A tecnologia está patenteada e disponível para parcerias com empresas interessadas em implementar soluções inovadoras para o agronegócio. Interessados devem entrar em contato com o INCT NanoAgro por meio da área de inovação, no link https://inctnanoagro.com.br/seja-nosso-parceiro/.

 

Fontes consultadas para determinação do potencial de mercado: 

Em agosto, IBGE prevê safra de 296,4 milhões de toneladas para 2024 | Agência de Notícias

PAM 2023: Safra bate recorde, mas valor da produção cai | Agência de Notícias

Valor da produção da pecuária e aquicultura chega a R$ 122,4 bilhões em 2023 | Agência de Notícias

Em 2023, abate de bovinos cresce e o de suínos e frangos atinge recordes | Agência de Notícias

Estudos auxiliam na recuperação de pastagens degradadas em nove estados

Mapa lança estudos para auxiliar na implementação de ações do Programa de Pastagens Degradadas em nove estados brasileiros — Ministério da Agricultura e Pecuária

Brasil possui 28 milhões de hectares de pastagens degradadas com potencial para expansão agrícola – Portal Embrapa

 

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