
A doutoranda Thais Feiden apresentou dois artigos científicos durante o Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade (CITECS), realizado pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), no câmpus de Erechim (RS), em setembro de 2025. Os trabalhos foram compartilhados em formato de pôster e de plenária e tiveram orientação das professoras Clarice Steffens e Juliana Steffens.
Caracterização de nanossensores de cantilever funcionalizados com PANI.Ag e PANI/OG
O estudo teve como objetivo caracterizar camadas sensoras depositadas em nanossensores de silício utilizando polianilina com prata (PANI.Ag) e polianilina com óxido de grafeno (PANI/OG). Foram avaliados aspectos como estrutura química, grupos funcionais, ângulo de contato e morfologia. Os resultados mostraram que a camada PANI.Ag apresentou superfície mais lisa e hidrofílica moderada, enquanto a PANI/OG apresentou maior rugosidade e caráter mais hidrofóbico. As análises confirmaram que a composição do material influencia diretamente a sensibilidade dos sensores, abrindo caminho para o desenvolvimento de dispositivos com diferentes aplicações no monitoramento agrícola.
Detecção de compostos voláteis de percevejos usando nanossensores de cantilever
O segundo trabalho explorou o uso de nanossensores funcionalizados com PANI.Ag e PANI/OG para identificar compostos voláteis liberados pelo percevejo Nezara viridula, uma das principais pragas da soja. Entre os compostos detectados estão feromônios sexuais e substâncias defensivas, como (E)-2-decenal e (E)-2-hexenal. Os sensores demonstraram elevada sensibilidade, sendo capazes de responder a baixíssimas concentrações, com destaque para o cantilever funcionalizado com PANI/OG, que apresentou limite de detecção inferior a 0,44 ng/mL. Os resultados indicam potencial de aplicação desses dispositivos em sistemas de monitoramento de pragas, contribuindo para estratégias mais sustentáveis de manejo integrado.

Próximos Passos
Essas pesquisas integram o escopo de tecnologias em desenvolvimento pelo INCT NanoAgro, que tem como foco soluções inovadoras e sustentáveis para a agricultura. Os nanossensores, que funcionam como um “nariz eletrônico”, deverão em breve passar por testes em maior escala. As pesquisadoras também estão em busca de parceiros estratégicos para ampliar e consolidar a aplicação dessa tecnologia no campo.
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