Entre os dias de evento do MOBI 2025, o INCT NanoAgro participou ativamente da programação, promovendo a integração entre ciência, empreendedorismo e transferência de tecnologias. A participação reforça o compromisso do instituto com a conexão entre universidade e sociedade, levando ao público exemplos concretos de como a nanotecnologia pode contribuir para soluções sustentáveis no campo.
Confira a seguir os principais destaques da nossa participação no festival:
Tivemos startups e grupos de pesquisa ligados ao INCT expondo no evento: a B.nano e a Priobio interagiram com o público presente no MOBI e apresentaram o funcionamento de seus produtos e serviços. Além disso, o Environment NanoLab e o Labiton mostraram alguns experimentos que utilizam nanotecnologias para melhorar o crescimento e a resistência das plantas e combater pragas.
Fazendo as perguntas certas:
Leonardo Fraceto, professor da UNESP e coordenador do INCT, contou sua trajetória como pesquisador. Mostrou como os programas de inovação ajudaram a transformar a forma como suas pesquisas são aplicadas. Com isso, fechou parcerias com grandes empresas, levantou financiamento para projetos e apoiou seus alunos na criação de startups e na transferência de tecnologias.
“Em um programa de aceleração que participei em 2019, vi que nós, pesquisadores, precisamos aprender a fazer as perguntas certas. Ao ir ao campo perguntar para o agricultor: ‘Qual é o seu problema?’, eu aprendi a direcionar as tecnologias desenvolvidas no laboratório para as necessidades reais do mercado. Depois disso, aumentei a quantidade de parcerias que captei junto a empresas, o que se converteu em bolsas, infraestrutura e novas tecnologias desenvolvidas”, explicou o professor Leonardo Fraceto durante o painel no MOBI.
A nossa coordenadora de comunicação, Maristela Meireles, trabalhou por mais de 7 anos ajudando startups a desenhar produtos para o mercado. Durante o painel, explicou para os alunos de graduação e pós-graduação como incorporar as demandas do mercado nos projetos de pesquisa — uma estratégia que aumenta as chances de parcerias e de transferência de tecnologias.
“É comum ver os pesquisadores acertarem na trave quando tentam levar suas tecnologias para o mercado. Ele desenvolve a tecnologia até chegar à maturidade técnica, consegue patentear, mas, quando vai conversar com as empresas, o ‘plug and play’ não acontece. Para evitar essa situação, é muito importante sair do laboratório, entender as demandas do mercado e transformar as restrições em parâmetros de sucesso do seu desenvolvimento tecnológico. Assim, ele aumenta muito a chance de conseguir criar o cenário favorável para um licenciamento ou lançamento de produto no mercado”, orienta Maristela.
Também participaram do painel a especialista em ecossistemas de inovação Máyra Belém e o especialista em direito para inovação, Raphael Di Tommaso.
Agradecemos à organização do MOBI pelo convite e parabenizamos a professora Renata Lima e a equipe da UNISO pela curadoria e realização do festival. Foi um evento inspirador, com diálogos relevantes e oportunidade de aproximação entre pesquisa científica, mercado e políticas públicas. Seguimos na expectativa pelas próximas edições!
